domingo, 29 de maio de 2011

Encontro da Rede dos Pontos de Cultura do Mato Grosso teve resultado positivo

27/05/2011 - 09h25       
Da Redação

Na avaliação dos participantes, o Encontro da Rede dos Pontos de Cultura de Mato Grosso, que aconteceu nos dias 19 e 20 de maio no Palácio da Instrução, foi bastante produtivo. Segundo a presidente do Ponto de Cultura "Só Falta Você", Lolita Ferreira Santos, "as palestras foram muito proveitosas e com temas pertinentes".

De acordo com o secretário de Estado de Cultura, João Malheiros, o Encontro dos Pontos de Cultura foi um momento de grande importância para se conhecer como anda a produção cultural do nosso Estado. Segundo a coordenadora da Rede dos Pontos de Cultura, Cinthia Mattos, o encontro foi enriquecedor por conta da troca de experiência entre os pontos.

A diversidade de assuntos, a socialização de informações, a articulação entre os pontos e o esclarecimento de questões referentes a prestação de contas foram alguns dos pontos positivos apontados pelos participantes. "A palestra sobre a prestação de contas abordando a possível readequação da planilha foi esclarecedora", afirma Wanderson Lana, do Ponto de Cultura Cenpro Faces de Cultura, do município de Primavera do Leste.

No segundo dia do encontro, a cantora Estela Cerregati agraciou o público presente com canções de sua autoria. Outro ponto positivo levantado pelos ponteiros foi a preparação para o Teia Centro-Oeste. Este momento contou com a participação de Walter Cedro, do grupo Mamulengo Sem Fronteiras, de Brasília e Leandro Nery, representante matogrossense na Comissão Nacional dos Pontos de Cultura.



sexta-feira, 27 de maio de 2011

Pontos de Cultura fazem mobilização pela Lei Cultura Viva


Nesta terça-feira (24), chega a Brasília uma caravana de representantes de pontos de cultura, que promovem uma Mobilização Nacional pela Lei Cultura Viva - quatro dias de encontros, audiências, diálogo e celebração. O tom da atividade é de conciliação e busca de diálogo com o Ministério da Cultura e o Legislativo, como forma de garantir "continuidade e avanços" nas políticas do governo.

A caravana estende-se até esta sexta-feira (27) e inclui audiências com secretários do ministério, participação em audiência pública na Câmara dos Deputados e reunião da Comissão Nacional dos Pontos de Cultura. De abrangência nacional, a mobilização é organizada autônoma e colaborativamente por ativistas do movimento.

"A Marcha à Brasília tem o objetivo de estabelecer um diálogo entre a Comissão Nacional dos Pontos de Cultura e o Ministério da Cultura, deputados da Frente Parlamentar de Cultura e a sociedade brasileira, na luta por políticas públicas de inclusão e de cidadania. Pela garantia da continuidade e dos avanços aos programas culturais desenvolvidos com sucesso no governo Lula, que são modelo para o mundo e que ainda não contemplam a diversidade cultural brasileira. Pela consolidação do Programa Cultura Viva, como política pública de Estado", diz a convocatória do ato, publicada no site da comissão.

É a primeira movimentação de pontos de cultura desde a crise – e aparente superação dela – no Ministério da Cultura. Iniciada por críticas à retirada do selo Creative Commons do site da pasta, as dificuldades da ministra Ana de Hollanda alcançaram seu auge diante de acusações de proximidade excessiva com o Escritório Central de Arrecadação de Direitos (Ecad).

Programação

Durante a mobilização, artistas, educadores, estudantes, mestres e griôs, lideranças religiosas e comunitárias, midialivristas, geeks e brincantes de várias partes do país terão agenda cheia em defesa da continuidade e do avanço do Programa Cultura Viva. Nesta terça, eles reúnem-se com Marta Porto e a equipe da Secretaria de Cidadania Cultural.

Na quarta-feira (25), eles participam da Marcha Nacional dos Pontos de Cultura. O "cortejo cultural" irá rumar até o Congresso Nacional e será movido a sons de tambores, com artistas de rua, circenses, brincantes e manifestações da cultura popular. Na sede do Legislativo, há uma reunião com Ana de Hollanda e membros da Frente Parlamentar de Cultura.

No dia seguinte, nesta quinta-feira (26), a Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados promove audiência pública sobre o Projeto de Lei Cultura Viva. O texto tramita no Congresso e propõe consolidar o Cultura Viva como política permanente de Estado.

Ainda na quinta, começa a reunião da Comissão Nacional dos Pontos de Cultura. O encontro será realizado na Universidade de Brasília (UnB) e segue até sexta-feira (27).


sexta-feira, 20 de maio de 2011

AMIGOS DAS LETRAS: A EPIDEMIA DA VIOLÊNCIA - A GRANDE TRAGÉDIA HUMANA...

AMIGOS DAS LETRAS: A EPIDEMIA DA VIOLÊNCIA - A GRANDE TRAGÉDIA HUMANA...: " Um estudo superficial da história nos oferece alguns quadros da natureza humana ao longo dos séculos. Desde o Homem de Neandertal e Cro..."

Cultura: mercadoria ou bem comum?

 Por Emir Sader
19/05/2011


Todo o programa neoliberal, assim como o diagnóstico que levou a ele, pode ser sintetizado em um ponto: desregulamentar. O diagnóstico de por que a economia tinha parado de crescer, depois do ciclo mais longo de expansão capitalista no segundo pos-guerra, se centrou no suposto excesso de regulamentação. O capital se sentiria inibido para investir, por estar cerceado por excesso de normas, leis, políticas, que bloqueariam a “livre circulação do capital”.

Chegado ao governo, o neoliberalismo se pôs a privatizar patrimônio público, a diminuir o tamanho do Estado, a abrir as economias nacionais ao mercado internacional, a “flexibilizar” as relações de trabalho, entre tantas outras medidas padrão codificadas no chamado Consenso de Washington e colocadas em prática por governos às vezes com origens ideológicas distintas, mas todos rendidos ao “pensamento único”. Todas elas são formas de desregulamentação, de retiradas de supostos obstáculos à circulação do capital.

Quando se privatizam empresas se está levantando obstáculos para que o capital privado se aproprie delas, se está desregulamentando o mercado de propriedade de empresas. Quando se aceita a não obediência a normas básicas da legislação do trabalho para contratar trabalhadores, se está desregulamentando o mercado de trabalho. Assim para todas as medidas do receituário neoliberal.

Promoveu-se assim, rapidamente, o maior processo de concentração de riqueza que tínhamos conhecido, tanto a nível nacional, quanto mundial. Sem proteções dos Estados, os mais frágeis, os mais pobres – a grande maioria de cada sociedade, em especial as periféricas, - se viram indefesos diante das ofensivas do capital e dos Estados centrais do capitalismo.

Direitos, como aqueles à educação e à saúde, foram deixando de ser direitos para se transformar em mercadorias, compráveis no mercado. Quem tem mais recursos, compra mais e melhor, em detrimento de quem não tem. Riquezas naturais, como a água passaram a ser mercadorias, compradas e vendidas.

O Estado, principalmente nas suas funções reguladoras – de afirmação dos direitos contra a voracidade do capital – passou a ser vítima privilegiada dos ataques neoliberais, pregando-se o “Estado mínimo” e a primazia do mercado, isto é, da concorrência feroz, em que os mais fortes e mais ricos ganham sempre.

Até a cultura foi vítima de um grande embate, para definir se se trata de uma mercadoria a mais ou de um bem comum. Do ponto de vista institucional o debate se deu para definir se a cultura deveria ser objeto da Organização Mundial do Comércio (OMC) e, portanto, uma mercadoria a mais, ou no âmbito da UNESCO, considerada como patrimônio da humanidade, como bem comum, com as devidas proteções. Terminou triunfando esta segunda versão – apesar da brutal oposição e pressão dos EUA, que chegaram a se retirar da UNESCO.

Foi um momento muito importante de resistência ao neoliberalismo, que queria reduzir também a capacidade de cada povo, de cada nação, de cada setor da sociedade, de afirmar suas identidades específicas, dissolvidas pela globalização. Queriam desregulamentar também a cultura, deixá-la ao sabor das relações de mercado, sem proteção de regulações estatais.

Mas o embate não terminou por aí, porque o poder avassalador dos capitais privados, nacionais e internacionais, é um fluxo permanente, cotidiano, buscando expandir seu poder de mercantilização. As TVs públicas, por exemplo, se debilitam no seu papel diferenciado dos mecanismos de mercado que regem as TVs privadas, enfraquecidas pela falta de financiamento, apelam ao mercado e induzem seus mecanismos – como aconteceu tristemente com a TV Cultura de São Paulo.

Programas como o de Pontos de Cultura, do MINC, surgiram na contramão dessa lógica homogeneizadora da globalização na esfera cultural, buscando incentivar e proteger todas as formas de diversidade de cultural, de afirmação da heterogeneidade das identidades de setores sociais, étnicos, regionais, diferenciados.

Muitos outros debates atuais hoje no Brasil – o dos Commons, da propriedade intelectual, dos direitos de autor – são também objeto de duas concepções diferenciadas, uma regulamentadora – anti-neoiberal – outra desregulamentadora, neoliberal, mercantilizadora. No marco mais geral do embate entre neoliberalismo e posneoliberalismo, é que a natureza das posições fica mais clara. Por um lado, as normas protetoras que consideram a cultura como um bem comum, de outro, a desregulamentação, que a consideram uma mercadoria como outra qualquer. Do seu desenlace depende a natureza da cultura no Brasil na segunda metade do século XXI.



quinta-feira, 19 de maio de 2011

Pontos de Cultura alcançam 8,4 milhões de pessoas

Segundo projeção do Ministério da Cultura, a partir de levantamento do IPEA- Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - hoje os Pontos de Cultura alcançam oito milhões e 400 mil pessoas em todo o Brasil – em média três mil pessoas/ano.

Este público está distribuído entre os que participam diretamente das atividades desenvolvidas nos projetos culturais e integrantes da comunidade que assistem às apresentações artísticas ou participam de cursos e oficinas. Os dados foram divulgados durante a Teia Brasil 2010: tambores digitais, em Fortaleza (CE).

O Brasil é palco de milhares de manifestações e atividades culturais desenvolvidas por comunidades de periferias e do interior do país, historicamente mantidas à margem das políticas culturais do Estado Brasileiro.

Desde 2004, os Pontos de Cultura começaram a mudar essa realidade, mapeamento a produção cultural do país e oferecendo a comunidades apoio sistemático e equipamentos multimídia para registro e reprodução e divulgação de suas atividades.


Quatro mil Pontos de Cultura

Hoje são quase quatro mil Pontos de Cultura em 1122 municípios do Brasil, sob gestão da Secretaria de Cidadania Cultural do MinC (SCC/MinC) e de estados e municípios conveniados com o Programa Mais Cultura.

 Eles abrangem os mais variados grupos sociais: crianças, jovens, mulheres, indígenas, comunidades da periferia dos grandes centros, comunidades afro-descendentes, associações de bairro e populações camponesas, ribeirinhas, rurais e sem terra.

Compõem um mosaico de diferentes formas de expressão: teatro, dança, audiovisual, música, circo e cultura popular (mamulengo, folguedos, artesanatos, hip-hop, capoeira, maracatu, congado, folia de reis, bumba-meu-boi etc.).

Desenvolvem distintas atividades: cineclubes, rádios comunitárias, espaços multimídia, mercados alternativos, centros de empreendedorismo, museus, bibliotecas, centros culturais, espaços culturais e de preservação do patrimônio histórico, núcleos de memória, centros de cultura digital, e outros, com ações que vão desde cursos diversos a à criação de rádios comunitárias.

Invertendo a lógica tradicional

“Os Pontos de Cultura inovam como conceito de política pública, invertendo a tradicional lógica de atuação do Estado. Em vez de o Governo trazer ações culturais prontas para as comunidades, são elas que definem e realizam suas próprias ações, com reconhecimento e apoio do governo”, explica o secretário de Cidadania Cultural do MinC, Célio Turino.

“O Programa também inova pelo método de atuação, já que o repasse dos recursos é direcionado à ponta do projeto, evitando que o dinheiro se perca nos meandros da administração pública”, completa.

A rede é composta por:

1836 Pontos de Rede

Pontos firmados pelos estados e municípios, com o objetivo de formar uma grande rede de pontos de cultura no Brasil.

592 Pontos de Cultura

Iniciativas organizadas pelas comunidades e apoiadas pelo Estado para desenvolverem ações de produção, formação cultural e geração de renda por meio da cultura, como agentes da promoção da diversidade cultural brasileira.

514 Pontos de Leitura

Pontos de Cultura que funcionam como bibliotecas acessíveis à comunidade e que promovam o acesso à literatura e à reflexão em espaços de freqüência cotidiana, como bibliotecas comunitárias, hospitais e Centros de Referência em Assistência Social de todo o Brasil.

281 Pontinhos de Cultura

Desenvolvem ações voltadas à infância, a partir de espaços culturais que estimulem a brincadeira e a imaginação e valorizem a liberdade e sociabilidade, contribuindo para a formação da criança como futura cidadã.

89 Pontões de Cultura

Criados para articular os Pontos de Cultura, difundir suas ações culturais, além de estabelecer a integração e o funcionamento da rede dos Pontos de Cultura. Atuam tanto na dinamização dos contatos entre os Pontos, com foco temático ou regional, quanto como parceiros na implantação de ações do Programa.

81 Pontos de Mídia Livre

Pontos de Cultura e/ou organizações não governamentais sem fins lucrativos que desenvolvem ou apóiam projetos de comunicação compartilhada e participativa.

Parecerias e investimentos
Com o Programa Mais Cultura – dentro do PAC Social do Governo Federal –, em 2007, esses Pontos passaram a ser também atendidos por governos estaduais de todo o país, em parceria com o MinC.

Até 2009, foram investidos pelo programa R$ 365,7 milhões em 8.987 iniciativas em todo o Brasil. Destes investimentos, R$65 milhões foram para a criação de 1084 novos Pontos de Cultura. “Com Mais Cultura, a gente conseguiu descentralizar e transformar os Pontos de Cultura em política pública, independente de governos e partidos”, afirma a Secretária de Articulação Institucional do MinC, Silvana Meireles.

Nos últimos seis anos, no total, foram investidos pelo MinC quase R$ 500 milhões em Pontos de Cultura de todo o Brasil.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Ciranda dos Pontos - Alagoas

Dia Mundial do Rock

Postado por Giovane Bass em 13 julhos 2010 às 13h43min

Em 13 de julho de 1985, Bob Geldof organizou  o Live Aid, um show simultâneo em Londres na Inglaterra e na Filadélfia nos Estados Unidos. O objetivo principal era o fim da fome na Etiópia e contou com a presença de artistas como The Who, Status Quo, Led Zeppelin, Dire Straits, Madonna, Queen, Joan Baez, David Bowie, BB King, Mick Jagger, Sting, U2, Paul McCartney, Phil Collins (que tocou nos dois lugares), Eric Clapton e Black Sabbath.

Foi transmitido ao vivo pela BBC para diversos países e abriu os olhos do mundo para a miséria no continente africano. 20 anos depois, em 2005, Bob Geldof organizou o Live 8 como uma nova edição, com estrutura maior e shows em mais países com o objetivo de pressionar os líderes do G8 para perdoar a dívida externa dos países mais pobres e erradicar a miséria do mundo.

Desde então o dia 13 de julho passou a ser conhecido como Dia Mundial do Rock



domingo, 15 de maio de 2011

REVOLUÇÃO SILENCIOSA

Ana Clara Brant

Localizados até em aldeias indígenas e quilombolas, os pontos de cultura, gerenciados pelos próprios artistas, são exemplos para outros países

Descortinar um Brasil desconhecido era a proposta do historiador e escritor Célio Turino quando idealizou, no começo da década de 1990, os pontos de cultura. O projeto que visava democratizá-la a toda a população brasileira tomou forma e se tornou um dos pilares do Programa Cultura Viva do MinC e, após quase seis anos de implantação em todo o país, tornou-se referência inclusive para outros países. Claro que há muito por fazer e que a dívida dos governos é grande para a cultura brasileira. Mas não deixa de ser um começo.

"O eixo do programa é o fortalecimento da autonomia e do protagonismo da sociedade. Entender que quem faz cultura são as pessoas. Não é o governo e nem o mercado. A cultura é a própria essência humana. O tripé desse projeto é a autonomia, o protagonismo e o poder social, articulados em rede", resume Turino. Ele é secretário de Cidadania Cultural do MinC, e lança hoje o livro Ponto de Cultura - O Brasil de baixo pra cima, uma reunião de relatos pessoais das experiências vividas pelo autor, bem como o reflexo desse contato próximo dentro da sua trajetória como homem social e político.

Os pontos agregam todas as formas de expressão como música, poesia, literatura, artes plásticas, dança, e cerca de 2.500, desde aldeias indígenas e quilombos, até grupos de experimentação em linguagens artísticas, estão espalhados por todo o país. Eles não têm um modelo único, nem de instalações físicas, de programação ou atividade. Um aspecto comum a todos é a diversidade cultural e a gestão compartilhada entre poder público e a comunidade. Para se tornar um ponto de cultura é preciso participar da seleção por meio de edital público - inclusive há um edital aberto até sexta-feira (www. cultura.gov. br/cultura_viva). O papel do MinC é agregar recursos e novas capacidades a projetos e instalações já existentes.

"No meu livro falo muito disso. Desse trabalho de reconhecimento, de dessilêncio, de descobrir um Brasil que está escondido de nós. Não olhamos para nós mesmos, e sim para fora. A idéia do ponto de cultura é olhar para dentro e só depois olhar para fora. O ponto é isso. Num primeiro momento, não se cria nada. O que se faz é legitimar ações já existentes, mas que não eram percebidas e nem consideradas. Este é o segredo do programa ter crescido tão rapidamente", acredita Turino

Em todo o Distrito Federal, existem 18 pontos de cultura e um dos mais atuantes é o Menino de Ceilândia. Criado há 15 anos, em uma região carente de atividades e centros culturais, a associação oferece oficinas de frevo, musicalização, artes plásticas e cordel, além de apresentações artísticas para resgate e disseminação da cultura nordestina, na perspectiva de qualificação profissional e geração de renda. "Como aqui não havia nenhuma alternativa de fomento à cultura, a gente quis proporcionar alguma coisa para a população. Aí confeccionamos um boneco gigante, que é o Menino de Ceilândia e virou o símbolo do nosso bloco que desfila no carnaval. Mas, ao longo dos anos, realizamos várias atividades não só em função do bloco", explica o criador da iniciativa, Aílton Velez.

Há cinco anos, o projeto se tornou um ponto de cultura e, segundo Ailton, isso fez com o Menino de Ceilândia passasse a "caminhar com as próprias pernas". Foi fundamental para que a associação se equipasse, tivesse mais condições de pagar os professores de oficinas e desta forma oferecesse mais opções de atividades e, principalmente, tivesse uma sede própria. "Veio favorecer uma entidade que mal tinha um local para guardar seus objetos e equipamentos. Depois que viramos um ponto de cultura, passamos a ter uma sede. Demos um grande salto qualitativo e quantitativo. Eles pegam entidades como nossa, a reconhecem, fortalecem e ajuda a ter condições de andar com as próprias pernas. Nosso contrato está vencendo e vamos entrar no novo edital", revela o fundador do Menino de Ceilândia cuja orquestra vai abrir, em Pirenópolis, no dia 18, o I Seminário Internacional Cultura Viva (1), que fará um balanço de suas ações, dentre as quais os pontos de cultura.

Um dos beneficiados do Menino de Ceilândia é Hisnnefe Oliveira Leonardo, 8 anos, um simpático e curioso garoto do Setor O. Lá mora com a mãe, duas tias e o avô, que o levou para a oficina de música oferecida pelo projeto. "Eu ficava muito só em casa, sem nada pra fazer e aí meu avô me trouxe aqui para estudar flauta. Já estou tocando muita coisa, sei ler partitura e daqui a pouco quero aprender trompete. Mas eu não quero ser músico, quero ser bombeiro porque ele ajuda os outros", revela.

Além de aprender algum ofício, os alunos das oficinas podem utilizar o curso como uma alternativa de melhoria da renda, como no caso da oficina de construção de bonecos. "As peças que produzimos aqui não servem só para desfilar no carnaval, mas também para decorar a casa, comercializar", destaca o professor Agnaldo Algodão, criador do boneco do Menino de Ceilândia.


1- Reflexão
O evento, que acontece entre os dias 18 e 20 de novembro, em Pirenópolis (GO), vai fazer uma reflexão crítica das diretrizes conceituais do Programa Cultura Viva, a partir da experiência vivida nos pontos de cultura e das outras ações do programa, visando à convergência entre os conhecimentos estruturantes e os saberes que emergem da experiência social. O seminário é promovido pela Secretaria de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).

O número
2.500
É o número de pontos de cultura espalhados pelo país



quarta-feira, 11 de maio de 2011

GOVERNO REPASSA VERBAS A PONTOS DE CULTURA DO ESTADO


Em solenidade ocorrida na noite dessa quarta-feira (4), o governador José de Anchieta oficializou o repasse de verbas a nove pontos de cultura do Estado de Roraima. A cerimônia ocorreu na Videoteca do Palácio da Cultura Nenê Maccagi.
 
Totalizando R$ 540 mil, 60% dos recursos são oriundos do Ministério da Cultura e 40% do Governo do Estado. Cada ponto de cultura recebeu R$ 60 mil, de um total de R$ 180 que será parcelado em três vezes.
 
Dos beneficiados, seis estão localizados em Boa Vista e os demais nos municípios de Caracaraí, São Luiz do Anauá, São João da Baliza e Rorainópolis, dispostos em segmentos como música, teatro, cinema e dança.
 
O governador Anchieta elogiou a atuação dos pontos de cultura em Roraima e afirmou que é meta do governo ampliar os recursos, como forma de incentivar ainda mais a cultura no Estado.
 
“Os trabalhos dos pontos de cultura são de fundamental grandeza. É uma forma de incentivar a paz, a educação e o crescimento intelectual de nossa sociedade. Nossos grupos culturais estão de parabéns e podem contar com o governo para o que for preciso”.
 
A secretária de Estado da Educação, Cultura e Desportos, Lenir Rodrigues, afirmou que se esforçou para dar celeridade ao processo, uma vez que ela mesma já teve participação em movimentos culturais.
 
“A cultura não pode ser partidária. Ela atende as necessidades de um povo, é útil para a preservação da vida, da história de um povo. Dessa forma, é mais do que necessário a criação de mais pontos de cultura em nosso Estado, para que continuem fortalecendo a harmonia entre as pessoas”.
  

terça-feira, 10 de maio de 2011

Ponto de Cultura: Casa de Música abre inscrições para 2011


A partir do dia 24 de janeiro a Casa de Música abre inscrições para nova seleção do Ponto de Cultura: Mutirão, Música e Cidadania. Podem se inscrever crianças e adolescentes que tenham entre sete e 17 anos de idade.

As inscrições podem ser feitas pessoalmente na Casa de Música - Rua Bahia, 514 - Bairro Luzia Augusta - Ouro Branco – MG, no horário de 14:00 a 18:00, por telefone (31 3742-3553) e por e-mail (casademusicaob@gmail.com). As vagas são para as oficinas de Violino, Viola, Violão e Flauta Doce.

O Processo de Seleção será realizado no dia 4 de fevereiro, na Casa de Música – Ponto de Cultura: Música e Cidadania, nos turnos da manhã e tarde. Os selecionados terão acesso totalmente gratuito às aulas, material didático, instrumento. O projeto tem como propostas a formação de jovens músicos de orquestra, democratizar o acesso à música erudita e contribuir para a inserção sócio-cultural de crianças e adolescentes.

Ponto de Cultura

Pontos de Cultura são iniciativas desenvolvidas pela sociedade civil que, após seleção por edital público, firmam convênio com a Secretaria de Cultura do Estado e o Ministério da Cultura, e tornam-se responsáveis por articular e impulsionar ações que já existem nas comunidades.  O Ponto de Cultura não tem modelo único de instalações físicas, de programação ou atividade, é uma iniciativa que impulsiona a realização de ações envolvendo Arte e Educação, Cidadania com Cultura e Cultura com Economia Solidária.

sábado, 7 de maio de 2011

Ponto de cultura abre 120 vagas em oficinas culturais

Em parceria com o Ministério da Cultura e a Secretaria de Estado da Cultura do Estado de São Paulo, o Ponto de Cultura ABENAf (Associação Beneficente de Amparo à Família) abriu inscrições para as oficinas culturais de audiovisual, jornalismo, fotografia e teatro.

As atividades serão ministradas na Escola Estadual Toufic Joulian, localizada no centro de Carapicuíba. No ano passado, as oficinas atenderam cerca de 100 jovens. O curso de audiovisual realizou um festival de filmes produzido pelos próprios alunos.

Neste ano, as novidades são os cursos de instrução à fotografia e ao jornalismo. Na oficina de fotografia, os alunos irão aprender noções básicas e essenciais para produção de imagens, ao término do curso haverá uma exposição com os trabalhos realizados pelos alunos. Já no curso de jornalismo, os alunos terão a oportunidade de produzir textos e entrevistas e terão seus trabalhos publicados em jornal a se lançado ao final do curso.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site da entidade (WWW.abenaf.org.br). Os interessados devem ter mais de 16 anos. As aulas das oficinas de teatro, audiovisual e fotografia serão ministradas no período da manhã do sábado e o curso de jornalismo será no período da manhã do domingo. As aulas iniciam-se nos dias 21 e 22 de maio e os cursos terão em média três meses de duração.


sexta-feira, 6 de maio de 2011

AMIGOS DAS LETRAS: O GUIA DOS MEUS SONHOS

AMIGOS DAS LETRAS: O GUIA DOS MEUS SONHOS: "/ O chamado “Sonho da Alma” tem esse nome, porque é aquele sonho que escolhe o sonhador e não o contrário, sendo assim quase que predestin..."

Pontos de cultura cobram menos burocracia estatal

Representantes de pontos de cultura do Distrito Federal reivindicaram, em audiência pública realizada nesta segunda-feira , que a Câmara Legislativa elabore leis no sentido de diminuir a burocracia para a liberação de recursos estatais. Os pontos de cultura reclamam ainda que o governo passado prometeu recursos, que não foram liberados, e que muitos estão endividados.


O coordenador do Fórum de Cultura do DF, maestro Rênio Quintas, disse que “a idéia dos pontos de cultura é genial, mas a realidade é de pessoas desesperadas”. Segundo ele, “o Estado tem que mudar a sua relação com os artistas. É preciso retomar a confiança e o diálogo, parar de mentir e falar meias verdades”.

Chico Simões, artista do ponto de cultura Invenção Brasileira, destacou que o crescimento no número de pedidos de convênios não foi acompanhado pela capacidade do Estado de atendê-los. “É um problema bom, mas que chama atenção para o surgimento de um novo marco legal para adequar essa realidade”.

Já o coordenador de Apoio à Cultura do GDF, Leonardo Hernandes, cobrou dos parlamentares uma legislação que facilite a contratação de artistas locais e a desburocratização dos convênios para os pontos de cultura. “Este é um problema sério que precisa ser resolvido. Temos que ir além das audiências públicas e legislar”.

Hernandes disse que “se as exigências não forem alteradas, será preciso uma nova secretaria de Cultura apenas para avaliar convênios”. O representante do GDF reafirmou o compromisso do governo de instalar mais 200 pontos de cultura até o final de 2014 e propôs o turismo como opção de financiamento complementar.

O deputado Cláudio Abrantes (PPS), autor da audiência pública para discutir os pontos de cultura, ressaltou que a Casa está empenhada no assunto e conta com uma “robusta Frente Parlamentar em Defesa da Cultura”. “Precisamos avançar na legislação, mas volto a insistir na necessidade da criação de uma Comissão Permanente da Cultura”, afirmou Abrantes. Evandro Garla (PRB), por sua vez, reiterou que a Câmara Legislativa está empenhada em desburocratizar o investimento em cultura.

Leia mais em https://www.cl.df.gov.br/cldf/noticias/audiencia-publica-discute-problemas-dos-pontos-de-cultura


segunda-feira, 2 de maio de 2011

Pontos de Cultura terão espaço no 13º Fica

Representantes dos Pontos de Cultura e equipe da Agepel estão reunidos agora na sede da agência, na Praça Cívica, em Goiânia para discutir participação na 13ª edição do Festival Internacional de Cinema – Fica, prestação de contas e agenda de apresentações culturais na Feira do Cerrado. 
A reunião de hoje conta com representantes dos pontos de cultura de Aparecida de Goiânia, Trindade, Inhumas, Alto Paraíso e Catalão. O programa Pontos de Cultura é desenvolvido pelo Ministério da Cultura (Minc) em parceria com os governos estaduais e municipais. A Agepel apoia 40 pontos em 35 cidades goianas.
Mais informações: 3201 9857