domingo, 11 de dezembro de 2011

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PONTOS DE CULTURA DO BRASIL: Pasta da Cultura - Uma gestão de polêmicas

PONTOS DE CULTURA DO BRASIL: Pasta da Cultura - Uma gestão de polêmicas: Numa gestão marcada por críticas, a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, sofre pressão para deixar a pasta. Em passagem por Fortaleza, ...

Pasta da Cultura - Uma gestão de polêmicas


Numa gestão marcada por críticas, a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, sofre pressão para deixar a pasta. Em passagem por Fortaleza, ela rebateu críticas, afirmando manter a linha política da gestão de Lula

Desde o início de sua gestão, a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, vem sendo alvo de constantes críticas por parte da classe artística e de setores ligados à cultura do PT, assim como de ativistas de pontos de cultura. A pressão para que ela deixe o cargo tem sido animada diante do troca troca de ministros. Do quadro inicial de titulares nomeados pela presidenta Dilma Rousseff, sete ministros já saíram, alguns após denúncias de corrupção.

A insatisfação com Ana de Hollanda é decorrente de uma série de fatores. O primeiro foi a retirada do selo da entidade de licença autoral Creative Commons do site do Ministério da Cultura (MinC), que determinava o uso que as pessoas podiam fazer do material ali disposto.

Essa decisão foi vista pela classe artística e ativistas da cultura digital como um retrocesso em relação à política defendida pelo ministério anterior, Juca Ferreira. Em 2004, o ex-ministro Gilberto Gil foi o primeiro compositor brasileiro a ceder direitos de uma canção às licenças Creative Commons e, desde então, o Governo Federal, passou a utilizá-la.

Daí para a frente, a situação da ministra só piorou. Em abril deste ano, os jornais O Globo e Estado de São Paulo revelaram fraudes no Escritório Central de Arrecadação e Distribuição de Direitos Autorais (Ecad). As denúncias indicam o pagamento de direitos a um falso compositor, intensificando o debate sobre a revisão da Lei de Direitos Autorais. Antes dessa história vir à tona, Ana de Hollanda defendia publicamente que o órgão não deveria ser fiscalizado pelo governo. Um dos últimos escândalos envolvendo a ministra da cultura, consiste nas diárias recebidas do governo em fins de semana sem compromissos oficiais no Rio, cidade onde tem imóvel próprio.

A denúncia feita pelo Estadão revelou que, em quatro meses de atuação, Ana de Hollanda recebeu cerca de R$ 35,5 mil por 65 diárias, sendo que a agenda não registrou compromisso oficial em, no mínimo, 16 desses dias. O custo em passagens aéreas foi de R$ 17,3 mil. A ministra ficou em Brasília em, no máximo, quatro dos 17 fins de semana desde a posse. Segundo a matéria, "(a ministra da Cultura) admitiu ter recebido diária de R$ 581 pelo domingo, não trabalhado, e disse que, no sábado, teve uma reunião não inserida na agenda".

Visita

Em passagem rápida por Fortaleza, na última quarta-feira, a ministra esteve presente para a entrega do Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel. Após a solenidade, saiu às pressas para o aeroporto, de onde pegaria um voo para Brasília.

Ana de Hollanda deu curtas respostas em meio as várias perguntas dos jornalistas. Sobre as críticas que sua gestão tem recebido e a centralização de recursos para Rio e São Paulo em relação a outras cidades do País. "Conto com o apoio da classe artística. As críticas vêm de pessoas insatisfeitas com a não continuidade de algumas políticas culturais estabelecidas no passado. Estamos mantendo a mesma linha do governo Lula em relação à descentralização de recursos para demais regiões", declarou a ministra.Leia entrevista com a ministra, concedida ao jornal O Globo, na página 8

ANA CECÍLIA SOARES
REPÓRTER