sexta-feira, 29 de abril de 2011

Ponto de Cultura Pájaro Campana


A Associação Cultural Amambaiense, por meio do Projeto “Pajaro Campana”, passou a integrar, desde janeiro de 2011, a Rede Estadual de Pontos de Cultura de Mato Grosso do Sul, formada por 30 Pontos de Cultura espalhados em 14 municípios do estado e na capital.

Os Pontos de Cultura são elos entre a Sociedade e o Estado que possibilitam o desenvolvimento de ações culturais fundamentadas pelos princípios da autonomia, protagonismo, sustentabilidade e empoderamento social, integrando uma gestão compartilhada e transformadora. A ação integra o Programa Mais Cultura/Cultura Viva do Ministério da Cultura, criado pelo Decreto 6.226, de 4 de outubro de 2007 e tem como objetivo funcionar como um instrumento de pulsão e articulação das ações dos projetos já existentes nas comunidades.

Em Mato Grosso do Sul, o Governo do Estado, por meio de sua Fundação de Cultura, selecionou iniciativas da sociedade civil para desenvolverem ações nas mais diversas áreas culturais, totalizando investimento de R$5.400.00,00, sendo R$1.800.00,00 de recurso estadual.

Serão desenvolvidas onze oficinas culturais em Amambaí até julho de 2012. Duas oficinas de viola caipira, duas de harpa, uma de piano, três de cerâmica artística, uma de violão e duas de danças folclóricas. Estaremos divulgando todas as oficinas e abrindo inscrições com antecedência para quem não estiver matriculado no Ponto de Cultura Pájaro Campana.

Estão abertas as inscrições para os cursos de Desenho e Cerâmica artística. São 20 vagas para desenho e 20 vagas para cerâmica distribuídas em turmas no período matutino, vespertino e noturno. Público alvo: Adolescentes e adultos.

O curso é gratuito, Inscrições e maiores informações na sede da Associação Cultural Amambaiense: Rua da República, 2083 Amambaí MS fone 3481-2676.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Ministério da Cultura quita R$ 150 milhões em pagamentos atrasados

26 de abril de 2011

O Ministério da Cultura vai terminar o mês de abril quitando R$ 150 milhões em pagamentos atrasados de anos anteriores a 2011, os chamados restos a pagar. Nos pagamentos foram priorizados o programa Cultura Viva (Pontos de Cultura), as obras em andamento do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), os convênios com prefeituras e governos estaduais (Programa Mais Cultura), as áreas de Livro, Leitura e Literatura, os editais dos Microprojetos Culturais da Amazônia, além de parte considerável do setor audiovisual. A Fundação Nacional das Artes (Funarte) e o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) já tiveram todas as suas pendências zeradas.

Segundo o Ministério da Cultura, foi solicitada à Secretaria do Tesouro Nacional a antecipação de recursos financeiros da ordem de R$ 60 milhões. O montante se junta a outros R$ 90 milhões já utilizados pelo ministério para saldar pagamentos, o que irá perfazer, até o fim deste mês, R$ 150 milhões.

Para o secretário executivo do ministério, Vítor Ortiz, o pagamento do que foi empenhado em 2010 significa a realização das atividades previstas. “Essas iniciativas aguardavam a liberação dos recursos para terem seu início efetivo”, afirma. “Um exemplo disso é o programa Agentes de Leitura, coordenado pelas prefeituras por meio de convênios e com recursos do Ministério da Cultura. Há editais para contratação de jovens como agentes nos municípios que já estão prontos para serem lançados, aguardando somente a chegada dos recursos” explicou Ortiz.

Segundo ele, outro ganho, do ponto de vista orçamentário, é que programas e projetos poderão conhecer, a partir de agora, os recursos disponíveis para investimentos ao longo do ano.

Fonte:
Portal Brasil
Ministério da Cultura

terça-feira, 26 de abril de 2011

Secretaria da Cidadania Cultural inovou na gestão cultural com a criação dos Pontos de Cultura

A Secretaria de Cidadania Cultural (SCC/MinC) foi criada com o objetivo de elaborar, instituir, executar e avaliar programas, projetos e ações estratégicas necessárias à promoção da cidadania cultural. Dentre os seus principais programas está o Cultura Viva que trabalha na formação de redes sócias buscando soluções alternativas e autônomas de gestão cultural.

O Programa promove o intercâmbio, o compartilhamento e a troca de experiências por meio de residências artísticas em Pontos de Cultura (PCs) de todo o país administrados por entidades reconhecidas e apoiadas financeira e institucionalmente pelo Ministro da Cultura que desenvolvem ações de impacto sociocultural em suas comunidades. Foram criados, até abril de 2010, 2,5 mil PCs em 1.122 cidades brasileiras, atuando em redes sociais, estéticas e políticas.

O Cultura Viva ganhou nova dimensão com o Programa Mais Cultura, o que possibilitou a assinatura de convênios com 24 estados e 16 municípios para implantação de Redes de Pontos de Cultura, ampliando o alcance do Cultura Viva e criando redes de Pontos de Cultura, que garantam que os pontos estejam em contato e trocando experiências.

Os Pontos estão ligados a diferentes redes – municipal, estadual ou federal – o que possibilita um maior intercâmbio das instituições com a sociedade civil por meio de Fóruns, das Teias (encontros nacionais e regionais) e das reuniões da Comissão Nacional dos Pontos de Cultura.

Até 2009, foram investidos pelo Programa Cultura Viva R$ 365,7 milhões em 8.987 iniciativas em todo o Brasil. Destes investimentos, R$65 milhões foram para a criação de 1.084 novos Pontos de Cultura.

 Uma das ações da Secretaria de Cidadania Cultural, em parceria com o Centro de Programas Integrados (Cepin) da Fundação Nacional de Artes (Funarte), promove o intercâmbio, o compartilhamento e a troca de experiências por meio de residências artísticas em Pontos de Cultura de todo o país. Os projetos são selecionados pelo edital do Prêmio Interações Estéticos que, na edição de 2010, contemplou 137 propostas.


O prêmio Tuxaua Cultura Viva, outro edital realizado dentro do Programa foi criado com o objetivo de ampliar a rede de Pontos de Cultura, que aumentou de cerca de 800 para 2500 PCs. O Edital do prêmio contemplou, em 2009, 80 projetos para a mobilização e articulação da rede dos Pontos de Cultura do Programa Cultura Viva.

O prêmio Areté, mais uma ação da SCC, tem como objetivo incentivar a troca de saberes em seminários e oficinas, festividades, mostras de poesia, literatura, artes plásticas, teatro, cinema, circo, capoeira e música, além da viabilização de shows, feiras e exposições. A iniciativa busca fomentar a celebração da diversidade cultural brasileira como uma ação de política pública que promova, afirme e fortaleça a comunidade, seus saberes e as redes sociais que a compõem. Em sua primeira edição, em 2009, o Prêmio Areté, contemplou 165 projetos de eventos culturais promovidos pelos Pontos de Cultura.

A ação tem por finalidade apoiar e possibilitar a articulação de Pontos de Cultura nos mais variados sistemas produtivos da cultura e nas mais diversas manifestações e expressões de linguagens artísticas. O projeto é desenvolvido tem como base as práticas e modelos de negócios da Economia Solidária, uma vez que esta promove autonomia através da articulação em rede, da colaboração, do crescimento sustentável e do comércio justo.

(Texto: Isabelle Albuquerque, Ascom/SCC)
(Fotos: Italo Rios)
(Edição de texto: Heli Espíndola,Ascom/MinC)
(Edição de Imagens: Marina Ofugi, Ascom/MinC)

quinta-feira, 21 de abril de 2011

POESIA SETE LAGOAS: A POESIA

POESIA SETE LAGOAS: A POESIA: "As Palavras em poesia Esses pássaros errantes Sobrevoam frágeis pensamentos. Invadem a alma em vôo insano. Batem suas asas, brancas ..."

terça-feira, 19 de abril de 2011

Manifesto Pontos de Cultura de MS



Os Pontos de Cultura de Mato Grosso do Sul, reunidos ontem e anteontem, (16 e 17/04) em Campo Grande, em sintonia com o Movimento Nacional dos Pontos de Cultura, manifestam:

Expressam a importância do Programa Cultura Viva para suas cidades, regiões, bairros, grupos artísticos, acesso aos bens culturais, auto-estima, empreendedorismo, crescimento etc. e a sua disposição de lutar para que a sociedade, câmaras de vereadores dos municípios sul-mato-grossenses, Assembléia Legislativa do Estado e a Câmara Federal, através do debate e aprovação da Lei Cultura Viva, da PEC 150, do Procultura, e o governo brasileiro, através do aporte de recursos, acompanhamento e interação com os grupos sociais, assegurem as ações que estavam em andamento no Ministério da Cultura e abram novas possibilidades para o futuro.

Decidem mobilizar vereadores e deputados estaduais para audiências públicas nas câmaras municipais e Assembléia Estadual para debater a necessidade de inclusão da cultura na agenda social, de forma a promover o crescimento das pessoas e com a participação das pessoas o crescimento da arte e da nossa expressão cultural, como o grande País que somos.

Decidem solicitar ao deputado federal, Fábio Trad, representante de Mato Grosso do Sul na Frente Parlamentar da Cultura na Câmara Federal, que abra as portas de seu gabinete para amplo debate e diagnóstico das demandas e possibilidades para a cultura sul-mato-grossense.

Pedir à Frente Parlamentar da Cultura, criada na Câmara Federal, o empenho, agilidade e a necessária criatividade para lidar com o balcão da política brasileira, para o aprofundamento do debate com a sociedade e a aprovação das propostas que elevarão a Cultura ao tratamento esperado e merecido pelo povo.

Decidem Ir a Cuiabá-MT e realizar em cooperação com os demais pontos de cultura da região a “Teia Encontro dos Pontos de Cultura do Centro-Oeste”, envolvendo MS, MT, DF, GO e, como convidado, o nortista Estado do Tocantins.

Ir à Brasília no dia 25 de maio, em caravana, protestar contra a desmobilização das relações governo federal x pontos de cultura e pela defesa das ações de continuidade das políticas públicas para a Cultura e por aprovação das propostas apresentadas no legislativo brasileiro.

Colocar-se como parceiros do governo do Brasil, governo estadual e prefeituras, para lidar com a precariedade das estruturas de atendimento no campo da Cultura, mas também para exigir o compromisso com a Cultura e o povo, com a implementação de ferramentas que sejam capazes de promover o desenvolvimento dos processos de pesquisa, produção e distribuição da cultura brasileira.

Movimento dos Pontos de Cultura de MS – Comissão Estadual de Pontos de Cultura/MS



Ministra reconhece a necessidade de manter os pontos de cultura

YPORANGA NA REDE: Em Nota, ministra Ana de Hollanda reconhece a nece...: "O programa Cultura Viva, do Ministério da Cultura, é um marco da cena pública de práticas e experiências que forjam as políticas culturais n..."

Em Nota, ministra Ana de Hollanda reconhece a necessidade de se manter os Pontos de Cultura

O programa Cultura Viva, do Ministério da Cultura, é um marco da cena pública de práticas e experiências que forjam as políticas culturais no Brasil. Iniciado em 2004, possibilitou desvelar uma enorme rede criativa no país, com a implantação de pontos de cultura em todo o território nacional.

Conforme dito no meu discurso de posse no MinC, este ministério reconhece, valoriza e tem claro a necessidade da continuidade e aprimoramento do programa Cultura Viva, sobretudo a partir de um intenso diálogo com todos os setores dessa conquista histórica.

Com a chegada de novos colaboradores, há um esforço concentrado para enxergar a realidade e particularidades de cada Ponto de Cultura, como claro intuito de superar as dificuldades enfrentadas, avançar e aperfeiçoar essa construção política.

A nova Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural tem o objetivo de integrar ações, criar sinergias, articular redes, aumentar o nível de cooperação, ampliar a visibilidade e potencializar a diversidade e as singularidades e, em especial, inovar o exercício de uma plena cidadania.

Ana de Hollanda
Ministra de Estado da Cultura

segunda-feira, 18 de abril de 2011

PONTOS DE CULTURA SE REUNEM EM BELO HORIZONTE PARA DISCUTIR OS RUMO DAS POLÍTICAS PUBLICAS PARA A CULTURA.

Na próxima segunda feira, dia 18 de abril, Dia do Ponto, os Pontos de Cultura de Minas Gerais se reúnem para abordar uma pauta comum a todos os Pontos de Cultura do Brasil, que integram o Movimento Nacional dos Pontos de Cultura:

- Defesa da manutenção e ampliação do Programa Cultura Viva – Pontos de Cultura, através da aprovação da Lei Cultura Viva;

- Anistia para todos os Pontos de Cultura que tenham cumprido o objeto do seu contrato com o Programa e que tenham tido dificuldades jurídicas e burocráticas com a sua prestação de contas;

- Reformulação da Lei de Direito Autoral;

- Implantação do Plano Nacional de Cultura;



Os Pontos de Minas Gerais se encontram, a partir das 9 horas, no espaço da Associação Querubins (Rua Correias, 700 – Sion) para avaliar a atual conjuntura e os primeiros 100 dias do MINC de Ana de Holanda e, para, além de se posicionar em relação aos grandes temas nacionais, discutir também questões específicas, como a realização, ainda em 2011 de Micro Teias nas oito regiões do Estado e da Teia Estadual e a mobilização dos Pontos de Minas para participar da Grande Marcha do Cultura Viva para Brasília, no dia 25 de maio.



Na ocasião, representantes dos Pontos de todo o país irão, em caravana a Brasília para entregar à presidenta Dilma Roussef, uma Carta Aberta com as principais reivindicações do Movimento Nacional dos Pontos de Cultura!



Na parte da tarde, os Pontos de Minas se confraternizam em torno de algumas atrações artísticas e recebem, como convidados representantes do MINC, da SEC/MG e Deputados Federais da bancada de Minas, que integram a Frente Parlamentar Mista de Cultura. Está previsto para as 16h30min h o encerramento do encontro. Itaúna será representada neste evento pela Gestora Cultural Bel de Abreu, do Ponto de Cultura da Associação Cultural Projeto Usina de Sonhos.



Matéria enviada ao Portal Notícias de Itaúna. As matérias enviadas e publicadas no Portal Notícias de Itaúna não refletem necessariamente a opinião do nosso Portal de Informações e são de inteira responsabilidade das pessoas que as assinam.

sábado, 16 de abril de 2011

Funarte distribui livros para Pontos de Cultura em todo Brasil

15 de abril de 2011

A Fundação Nacional de Artes (Funarte) vai doar publicações de seu catálogo para Pontos de Cultura em todo País. A iniciativa é realizada em parceria com a Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura. Juntas, a fundação e a secretaria começam a desenvolver projetos que visem garantir o acesso às artes como forma de promover a cidadania cultural.

Os títulos em distribuição foram editados pela própria Funarte e oferecem ao leitor um pequeno inventário da cultura brasileira. Entre eles, há pesquisas sobre elementos fundamentais da cultura popular, como o choro, o maxixe e o carnaval, além de textos que propõem investigações sobre a vida e a obra de grandes artistas.

Também merecem destaque coletâneas de peças e críticas teatrais que resgatam a memória da nossa dramaturgia. Com um catálogo diferenciado, as Edições Funarte colocam ao alcance de artistas, produtores, pesquisadores, acadêmicos, estudantes e espectadores informações para uma reflexão crítica sobre as artes.

Os Pontos de Cultura são espaços voltados para a experimentação criativa e envolvem agentes comunitários em projetos de arte, cultura, educação, cidadania e economia solidária. Começaram a ser criados em 2004, como base do Programa Cultura Viva, do Ministério da Cultura. Atualmente, constituem uma das mais importantes ações governamentais de fomento à cultura.

Implementados por representantes da sociedade civil em convênio com o ministério, esses espaços potencializam iniciativas de impacto sócio-cultural existentes em suas comunidades. Em abril de 2010, já existiam no Brasil mais de 2.500 Pontos de Cultura.




quinta-feira, 14 de abril de 2011

COMISSÃO NACIONAL DOS PONTOS DE CULTURA - CNPdP

Ser atores todo o tempo…

… Ter um papel pró-ativo na difusão da cultura, no fortalecimento dos Pontos de Cultura e na elaboração de políticas públicas voltadas para este tema. Esta é a idéia da Comissão Nacional dos Pontos de Cultura (CNPdC).

“A CNPdC têm como objetivo geral garantir o fortalecimento dos Pontos de Cultura em todo o território brasileiro, sendo instância permanente de atuação e representação político-cultural, identificação de demandas e elaboração de propostas para o desenvolvimento de políticas públicas e de ações culturais no país”.

(Regimento Interno da Comissão Nacional dos Pontos de Cultura)

O grupo, que se articula através da Rede Nacional de Pontos de Cultura, é um movimento autônomo que cobra do Estado e, ao mesmo tempo, contribui com ele, abrindo canais de diálogo para avançar nas políticas públicas; com destaque para o Programa Cultura Viva, Mais Cultura e Sistema Nacional de Cultura.

Os eleitos da comissão “são participantes de transformações, parceiros e colaboradores na construção de políticas”. Quem explica isso é o Robson Bomfim Sampaio, representante da Comissão Nacional dos Pontos de Cultura do Estado de São Paulo.

É a comissão que acompanha as demandas do Fórum Nacional de Pontos de Cultura (FNPC) e organiza o evento. De acordo com Robson Sampaio, “depois da primeira Teia, houve uma preocupação do Ministério da Cultura de que a segunda Teia fosse feita pelos Pontos de Cultura”. A partir daí, foram acontecendo encontros descentralizados, cada região tinha o seu. Dos encontros regionais, saíram delegados para discutir os problemas em comum apresentados pelos Pontos de Cultura de todo o país. Assim, nasceu uma comissão que acompanharia a Teia e organizaria o primeiro FNPC. Por isso, como conta Robson, é papel da comissão representar politicamente as demandas e necessidades comuns aos Pontos espalhados pelo Brasil.

Quais Os Objetivos dos Pontos de Cultura?

   Sete Lagoas 14/04/2011                                    

Dentre outros é descentralizar as ações culturais e estimular as comunidades a se tornarem promotoras e protagonistas destas ações, tomando nas próprias mãos as iniciativas que antes se esperava dos governos, de um lado gerando novos projetos e de outro incrementando projetos já em andamento com o concurso de novos parceiros.
Neste sentido o idealizador previu que ao se financiar os projetos ganhadores do edital com recursos relativamente baixos estas ações se reverteriam como catalisadoras e motivadoras de um processo em franca expansão.

Kit Multimídia

Ao se prever o uso de parte destes recursos na compra de um kit multimídia (30% da primeira parcela), os promotores do projeto “Pontos de Cultura” procuravam ampliar o seu alcance, estimulando os pontos a gerar e promover não só os eventos culturais, mas também produtos culturais com fotos, cartilhas, livros, CDs e vídeos etc., visando ampliar, multiplicar e perpetuar seus efeitos. Desta forma os eventos seriam alcançados por um publico maior e permanente.
O projeto prevê também a divulgação das ações dos pontos via Internet como forma de se quebrar o isolamento de comunidades e ao mesmo tempo se promover uma troca rica de experiências motivantes e inspiradoras.
E evidente a intenção e vocação do projeto de se quebrar nas comunidades os vícios de ações culturais sectárias e individualistas.
O projeto Pontos de Cultura vem caminhando a passos lentos e claudicantes enquanto os gestores e parceiros dos pontos assimilam sua filosofia. É um projeto que promete em sua essência revolucionar nossas formas de fazer e promover cultura.

João Drummond






quarta-feira, 13 de abril de 2011

Inclusão digital é promovida nos Pontos de Cultura Indígenas

O Programa Mais Cultura, do Ministério da Cultura, inicia uma série de rodas de conversa para promover a inclusão digital de comunidades indígenas de todo o Brasil. As rodas fugirão do modelo tradicional de capacitação e buscam envolver as comunidades indígenas com as novas tecnologias da informação (TICs) e com a produção de conteúdos audiovisuais a partir de seus próprios referenciais. A ação será desenvolvida em parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai) e com a Associação Cultura e Meio Ambiente (ACMA) Rede Povos da Floresta, responsável pela implantação do projeto e pela formação dos indígenas.
De 3 a 5 de junho, a roda de conversa acontece no Ponto de Cultura Indígena de Rio Branco (AC). De 10 a 12 de junho, a roda será realizada no Centro Yorenka Ãtame, localizado no município de Marechal Thaumaturgo, também no território acreano. De 20 a 22 de junho, o encontro será na sede da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (FOIRN), no município de São Gabriel da Cachoeira (AM).

Cada Ponto de Cultura receberá um kit multimídia. O objetivo é que as comunidades indígenas utilizem as novas tecnologias como ferramentas para a preservação e fortalecimento de sua identidade cultural. De acordo com o secretário da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, Américo Córdula, o uso de equipamentos multimídia nas comunidades indígenas, ao contrário do que se imagina, têm reforçado a tradição oral e a busca dos mais jovens pelos fundamentos de suas culturas tradicionais, que passam a ser objeto de uma enorme produção de conteúdos audiovisuais e motivo para a intensificação das trocas com outras comunidades indígenas e com os não-índios, que fomentaremos ainda mais, mediante a articulação com a Rede Povos da Floresta, a rede de Pontos de Cultura e a rede criada a partir do Prêmio Culturas Indígenas, dentre outras.
Kit Multimídia O Kit multimídia é composto por computador desktop com acesso à Internet banda larga, leitor e gravador de DVD, monitor 17 polegadas, teclado, mouse, par de caixas de som e placa de vídeo para edição; servidor, placa de rede, cabos, conectores, no break, web cam, fone de ouvido com microfone, placa de captura de vídeo, material para montagem de rede e estabilizador; filmadora digital, câmera fotográfica digital, microfone supercardióide, bateria para filmadora, fone de ouvido e fita minidv; kits de painel fotovoltaico, bateria, controlador de carga, módulo solar e inversor de voltagem de 12vcc para 110 V.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O ALTO DO RODRIGUES GANHA SELO UNICEF E PONTO DE CULTURA


SELO UNICEF O QUE É
  
Existência de um município solidário e estruturado, participativo e zeloso por suas crianças e adolescentes redefinirá os caminhos da Nação.

Para o UNICEF, uma das tarefas mais importantes da Humanidade deve ser a de assegurar à crianças e adolescentes um espaço de cidadania. Esta busca consiste na criação de um modelo de município, disposto a colocar em prática um conjunto de ações voltadas à melhoria da qualidade de vida e a construção dos direitos de cidadania de crianças e adolescentes. Diversas iniciativas têm sido lançadas neste sentido e o mais recente exemplo é o Selo UNICEF - Município Aprovado.

O Selo UNICEF - Município Aprovado é um reconhecimento internacional que o município pode conquistar pelo resultado dos seus esforços na melhoria da qualidade de vida de Crianças e Adolescentes.

O projeto começou somente no Ceará, onde teve três edições anteriores: 2000, 2002 e 2004. Para a edição 2006, a participação foi ampliada para outros municípios de 10 estados (AL, BA, ES, MA, MG, PB, PE, PI, RN e SE) que juntos formam os 11 estados comprometidos com o pacto "Um mundo para a Criança e o Adolescente do Semi-Árido".

O que o UNICEF procura é estimular e premiar com esta outorga, é a prioridade de respeitar os direitos das crianças e adolescentes, dando-lhes acesso à educação de qualidade, à saúde e ao lazer. O Selo UNICEF - Município Aprovado portanto, é um compromisso com a construção da cidadania.

Os objetivos desse projeto do UNICEF invocam a participação de toda a sociedade no sentido de:

Impulsionar a implementação e a consolidação das metas e mecanismos implícitos no Estatuto da Criança e do Adolescente através de uma estratégia de mobilização social dirigida aos municípios;

Fomentar e fortalecer uma prática de monitoramento da situação das crianças e dos adolescentes nos níveis municipal e estadual.

E na quarta feira receberá das mãos do presidente LULA na cidade de Recife-PE, o mesmo e que irá receber é a Secretaria Adjunta de Ação da Secretaria de Ação Social do municipio a Srta, Leonor Rosa.PARABÉNS PELO EMPENHO. O mesmo ocorrerá no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco, e será feito pela representante do UNICEF no Brasil, Marie-Pierre Poirier, com a participação dos governadores e prefeitos dos Estados que compõem a região do Semi-árido brasileiro e presidente LULA e autoridades do Governo Federal.

O Selo UNICEF Município Aprovado é um reconhecimento internacional aos municípios do Semi-árido que alcançaram resultados significativos no esforço para melhorar a qualidade de vida e na promoção dos direitos das crianças e adolescentes. Sempre com ênfase nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, a iniciativa integra ações de mobilização social, desenvolvimento de capacidades e monitoramento das políticas públicas desenvolvidas na região.

Dos quase 1.500 municípios de 11 estados do Semi-árido brasileiro, 1.130 se inscreveram nesta edição do Selo UNICEF. Todos os municípios que cumpriram as etapas do Selo UNICEF, mesmo os que não conquistaram o Selo, registraram progressos expressivos na situação da infância e da adolescência, como a diminuição de crianças desnutridas, redução da distorção idade-série e o aumento do acesso de mulheres grávidas ao pré-natal.


sexta-feira, 8 de abril de 2011

Argentina importa modelo brasileiro dos Pontos de Cultura

A experiência brasileira dos Pontos de Cultura, idealizada pelo agora candidato a deputado federal Célio Turino (PCdoB), cresce em escala dentro do Brasil, ao mesmo tempo em que chama a atenção de governos e sociedade civil em países europeus e ibero-americanos. Tanto é assim que agora o projeto ganhará sua versão argentina. A proposta foi apresentada nesta quarta no parlamento do país vizinho.

O deputado Toty Flores, militante do Movimento de Trabalhadores Desempregados (MTD) e hoje legislador no Congresso argentino pelo partido Coalizão Cívica, elaborou a versão do projeto de lei que pretende instituir naquele país os Pontos de Cultura. A iniciativa está sendo apresentada dentro do Programa Nacional de Apoio à Cultura Comunitária e Autogerida.

Trata-se de uma adaptação do projeto apresentado pelo Brasil no Parlamento do Mercosul, propondo a disseminação dos Pontos de Cultura por todos os países do bloco econômico. A sugestão brasileira foi aprovada em uma reunião do Parlasul, realizada no dia 30 de novembro de 2009. Foi o primeiro passo para a elaboração de uma legislação regional, que defina políticas articuladas entre os países do bloco.

Idealizados na gestão do ministro Gilberto Gil à frente do Ministério da Cultura, em 2003, os Pontos de Cultura nasceram com o propósito de fortalecer as iniciativas culturais da sociedade brasileira dentro de um novo conceito de gestão, que leva em consideração as potencialidades das manifestações culturais já existentes nas comunidades.

Dados apurados em uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre a extensão da ação dos Pontos de Cultura no Brasil, indicam a abrangência sobre uma população de cerca de oito milhões de pessoas, numa média de três mil pessoas/ano interagindo com o Programa do MinC.

Este público está distribuído entre os que participam diretamente das atividades desenvolvidas nos projetos culturais e entre integrantes da comunidade que assistem às apresentações artísticas ou participam esporadicamente de cursos e oficinas.

Em outubro do ano passado, um grupo de argentinos ligados à rede de produtores independentes e pessoas do Ministério da Cultura argentino estiveram em São Paulo, no Congresso Ibero-americano de Cultura, experiência que revelou o encanto dos Pontos de Cultura brasileiros para pessoas de várias partes do mundo.

Argentina

O projeto apresentado no Congresso argentino descreve, como objetivos do programa, ampliar o acesso aos bens e serviços culturais e aos meios necessários para a expressão simbólica; disponibilizar o equipamento necessário e facilitar os meios de acesso à produção e à expressão cultural; e gerar oportunidades de trabalho, emprego e renda.

O texto também determina o apoio a ações de promoção da cidadania, dos direitos culturais e da diversidade cultural; ao fortalecimento dos saberes, das atividades, dos costumes e dos modos de vida de populações tradicionais; à incorporação de jovens ao mundo do trabalho cultural;; ao desenvolvimento da habilidade e do hábito de ler e escrever; e à promoção de programas de capacitação e acesso às tecnologias da informação para a produção e difusão cultural, entre outras.

"Serão reconhecidos como 'Pontos de Cultura' as pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, cujo objetivo social seja de natureza cultural; associações civis, cooperativas, fundações e demais organizações da sociedade civil de interesse público com as mesmas características", diz o texto, destacando que o reconhecimento dessas instituições se dará por meio de seleção pública.

De acordo com o projeto, os "Puntos de Cultura" devem ser instituições que desenvolvam ações continuadas de cultura, em comunidades urbanas ou rurais, em áreas como manifestações de culturas populares ou de grupos étnico-culturais, preservação de patrimônio material e imaterial, e produção e difusão de audiovisuais de natureza artística ou educativa.

Os pontos deverão fazer ligação entre a sociedade e o Estado, com o objetivo de desenvolver ações culturais sustentadas pelos princípios da autonomia, protagonismo e capacitação social.

Para Célio Turino, ex-secretário da Cidadania Cultural do Ministério da Cultura, a expansão dos Pontos de Cultura para a região deve ser comemorada. “É muito bom porque vai criando um movimento. E não é só a Argentina; é também o Uruguai, a Colômbia. No ano passado, o Congresso de Cultura Ibero-americana e o encontro de ministros da Ibero-América (Espanha, Portugal e América Latina) decidiram implantar pontos de cultura em seus países”, conta.

Segundo ele, a fama positiva dos Pontos de Cultura também ultrapassou as fronteiras do continente. “Na Inglaterra, há um mês e meio, o The Guardian tinha uma manchete dizendo: ‘O que a Inglaterra tem para aprender com o Brasil’. E ele mesmo respondia: ‘Pontos de Cultura’”.

Turino destaca que tem havido uma intensa troca com o setor cultural da Argentina, que iniciou um movimento pelos Pontos de Cultura no país, resultando na apresentação do projeto de lei que os institui por lá. “É bem próximo do projeto de lei que eu pretendo apresentar, só que aqui a gente articula isso com a coleta de assinaturas, com a organização dos pontos”, disse, referindo-se à tentativa de garantir, por lei, a continuidade dos Pontos de Cultura, não como uma política deste governo, mas de Estado.

Com informações do MinC



quarta-feira, 6 de abril de 2011

Abril Cultura Viva promove debate com o criador de Pontos de Cultura

Objetivo é promover troca de experiências

A programação especial do “Abril Cultura Viva” traz, na quinta-feira, dia 7 de abril, o historiador e criador do projeto Pontos de Cultura, Célio Turino. Ele participará do debate: “Cultura Viva – Balanço e Perspectiva”, às 19h, no Centro Cultural Diadema. A entrada é gratuita.

Especializado em administração cultural, Célio Turino criou o Programa Cultura Viva na Secretaria da Cidadania Cultural do Ministério da Cultura. O projeto mudou o paradigma na elaboração de políticas públicas para a cultura no Brasil.

Célio atua há mais de 30 anos em movimentos sociais e culturais. Nascido em Indaiatuba e criado em Campinas, seu trabalho viabilizou a criação da rede de pontos de cultura no país. No debate, mediado por Mãe Sandra de Xantanã, Turino fará um balanço do programa Cultura Viva, mostrando seus resultados e a perspectiva para o futuro.

“Ao concentrar sua atuação nos grupos historicamente alijados das políticas públicas, o Ponto de Cultura potencializa iniciativas já em andamento. Dessa maneira, cria condições para um desenvolvimento econômico alternativo e autônomo, de modo a garantir sustentabilidade na produção sociocultural das comunidades”, explica Célio sobre os pontos de cultura.


Leia mais: http://guiadediadema.net/cultura/abr-abril-cultura-viva-promove-debate-com-criador-de-pontos-de-cultura.html#ixzz1ImizFpf8

terça-feira, 5 de abril de 2011

PONTOS DE CULTURA PELO BRASIL AFORA

A cultura em Garibaldi deu um passo decisivo e fundamental na noite desta quinta-feira, 17, com o lançamento da Rede Pontos de Cultura. A solenidade foi realizada no auditório da Fisul, e contou com a participação de autoridades e de representantes de todas as áreas da cultura do município.

Também marcou presença no evento o coordenador da Política dos Pontos de Cultura do Rio Grande do Sul, João Pontes, que destacou a revolução desse modo de fazer cultura no país.

Já a secretária Municipal de Educação e Cultura, Carmen Dalcin Salvagni, destacou o trabalho de toda a equipe, em especial do Setor de Cultura da prefeitura, enfatizando que os Pontos de Cultura serão um marco do setor para o município.

Durante o evento, cada entidade proponente apresentou uma pequena mostra de seu trabalho: os artesãos expuseram parte de suas obras, a Apae apresentou a esquete teatral "Clownboxer" e o Coral Carlos Gomes brindou o público com três canções. Um representante de cada um dos proponentes falou ao público, explicando como funcionarão as oficinas e destacando o apoio recebido.

Saiba como funcionam os Pontos de Cultura

Através dos Pontos de Cultura, os gestores terão a missão de difundir a cultura a toda a comunidade, através de oficinas, cursos e ações culturais. São três entidades proponentes, mas por trás delas, há todo um setor envolvido. Cada uma receberá R$ 180 mil, em 30 meses, para que sejam desenvolvidas oficinas, cursos e outras atividades para a comunidade.

"Cenas e Acordes" – Este ponto tem como entidade proponente o Coral Carlos Gomes, e tem como entidades parceiras o Coral Santa Cecília, Coral Fratelli, Sabbi's Informática, Grupo de Teatro Hora Vaga e Escola de Dança Expressão. Serão oferecidas cinco oficinas permanentes a toda a comunidade: canto (teoria musical), técnica vocal, dança, teatro e animação.
 "Fazendo a Diferença" – Tendo como proponente a Apae, este ponto irá oferecer para os estudantes com necessidades especiais oficinas de teatro, dança, música, artes circenses, teatro circence (acrobacias) e artesanato.
"Resgate da memória" – Este ponto tem como proponente a Associação dos Artesãos de Garibaldi, e envolve, além deles, o Grupo de Cantoria Italiana Stella D'Itália, o grupo de Danças Stella D'Itália, Associação dos Condutores de Turismo, Associação Estrada do Sabor, vários artistas plásticos, entre outras pessoas físicas. Serão oferecidas 29 oficinas de dança, canto, artesanato, cultura italiana, turismo, artes plásticas, entre outras.

Para o prefeito Cirano Cisilotto, está sendo instituído uma nova forma de se pensar a cultura em Garibaldi. "Antigamente, os gestores viam a cultura apenas como um grande show de um artista famoso, ou o concerto de uma Orquestra Filarmônica. Nós entendemos que cultura é muito mais do que isso. Tanto é que estamos valorizando as entidades de bairro, que promovem a cultura. Nosso objetivo é que as novas gerações tenham acesso à cultura desde o começo de suas vidas, para que, quando jovens e adultas, possam reivindicar cultura com a mesma vontade que reivindicam saúde e obras públicas", disse.

GOVERNADORA ROSALBA REPASSA 911 MIL PARA 16 PONTOS DE CULTURA

Pontos de Cultura – Rio Grande do Norte
2011-04-02

 A governadora Rosalba Ciarlini repassou 911 mil reais a 16 Pontos de Cultura espalhados pelo interior do estado. Os Pontos através das Associações Comunitárias farão parcerias com as Casas de Cultura, buscando valorizar a riqueza cultural existente em cada município.

Josimar Tavares

domingo, 3 de abril de 2011

Entrevista: Célio Turino, (um dos idealizadores do Projeto “Pontos e Cultura”).


Enviado por Bruno de Pierro, ter, 29/03/2011 - 12:07

Data de publicação: 29/03/2011

Autor: Bruno de Pierro


Na mesa do restaurante, o historiador Célio Turino não dispõe de melhores artefatos, além de um guardanapo e uma caneta, para auxiliá-lo numa explicação. No pedaço de papel, de modo improvisado, faz alguns esboços. Há uma pirâmide invertida, com o topo maior representando o Estado e, na ponta que afunila, escreve-se “povo”. No mesmo guardanapo, Turino desenha outra pirâmide, na posição regular, mas inverte o sentido: Estado, agora, está no topo que afunila, e “povo” é a base maior. A primeira figura, explica, é o que geralmente se vê nas gestões em todo o mundo – o Estado, detentor dos recursos, e determinando o que é Cultura. A segunda figura representa a transformação que o historiador realizou quando esteve à frente da Secretaria da Cidadania Cultural do Ministério da Cultura, entre 2004 e 2010.

Turino já está acostumado com a combinação de improvisação objetiva e citações filosóficas de Spinoza e Vygotsky . Em apenas 40 dias, colocou em atividade o Ponto de Cultura, programa idealizado por ele e que foi formulado a partir das idéias de compartilhamento e desenvolvimento de uma rede entre Estado e Sociedade. Hoje, o país registra 3.000 Pontos de Cultura (PCs), que descentralizam a ação cultural e tornam evidentes manifestações artísticas que antes apenas eram consideradas folclore.

Ao se colocar novamente o povo na base maior, o Estado deixa de ser o responsável por autenticar o que é Cultura. Mas não se trata de enfraquecimento do Estado, senão de um processo de desenvolvimento do “Estado-Rede”. Para Turino, antes dos PCs, não havia no Brasil uma política pública estruturada para fomentar o protagonismo da sociedade e da autonomia. Ao desmanchar as Bases de Apoio à Cultura (BACs), criadas no inicio do governo Lula, Turino mudou o foco: tirou-o da estrutura física e o colocou sobre as pessoas, aquilo que está vivo.

Fora do governo federal, Turino reconhece certa preocupação com o futuro de sua criação. Segundo ele, o corte orçamentário do MinC, de 55%, afetará a transferência de recursos, podendo atingir cerca de 500 PCs. “Ou se reverte esse corte, ou se terá um calote previamente anunciado”, observa.

Sobre os últimos acontecimentos envolvendo a nova gestão do MinC e a Lei de Direito Autoral, Turino tem implicações não apenas políticas, mas filosóficas. “Posso dizer que há uma rede de milhares de comunidades se apresentando por elas mesmas. A composição do Cultura Digital é vital para a construção do Cultura Viva”, afirma.



Brasilianas.org – Como foi a construção das bases do Ponto de Cultura?

Célio Turino - Ele começou em Campinas, há mais de 20 anos, quando fui secretário de Cultura de lá, de 1990 a 1992. Naquele período, a gente desenvolveu uma ação com casas de cultura, que tinham o germe desse pensamento, que era da gestão compartilhada entre Estado e sociedade, desenvolvimento em rede e adaptação da realidade local. Pegávamos uma casinha de COHAB, que estava desativada, em um bairro distante da cidade, e ali virava um ponto. E assim sucessivamente, em garagens, no que era possível.  Depois, o programa se desestruturou na mudança de governo. Eu também fui mudando de rumo e, em 2000, vim trabalhar em São Paulo, onde fui diretor de Lazer, até quando fui chamado para ir ao Ministério da Cultura (MinC).

Qual era a situação quando você chegou para trabalhar no MinC?

Havia um desejo do presidente Lula de descentralizar a ação cultural. A solução encontrada em 2003 foi as Bases de Apoio à Cultura (BACs), que consistia na construção de um centro cultural pré-moldado, de estrutura metálica, e que seria reproduzido em periferias, favelas, cidades pequenas. A idéia era construção, não tinha o funcionamento, nem recursos para as atividades e para a manutenção. Isso caberia à comunidade, ou à prefeitura, desenvolver. Houve um embate de disputa política interna no MinC, em 2004, que gerou a saída do Secretário de Programas e Projetos da época, o Roberto Pinho.

A secretaria ficou durante seis meses sem secretário, até que chegaram a mim. O Gil [Gilberto Gil, ex-ministro da Cultura] havia lido um livro meu (Na trilha de Macunaíma – Ócio e Trabalho na cidade), que na época ainda era uma tese e não tinha sido publicado, e tinha gostado. Fui chamado para desenvolver o programa, mas ainda eram as BACs. Quando entrei no ministério, propus que se mudasse o foco. Saímos do foco na estrutura e o colocamos no fluxo, no pulsante, no vivo. Porque a cultura acontece em qualquer lugar, e depende das pessoas, muito mais do que das estruturas, pois estas crescem com o tempo.

Em alguns setores, como na Saúde, a intensificação da descentralização gerou a segmentação, a fragmentação do sistema. No caso da Cultura, qual a natureza dessa descentralização?

O  slogan do MinC até 2002 era “A Cultura é um bom negócio”. Basicamente, o único mecanismo de financiamento da Cultura era o mercado e a renúncia fiscal pela Lei Rouanet. Esses grupos que emergiram com os PCs, eu sabia que existiam, em função da minha história, tinha circulação, e sabia que eles não eram visibilizados pelo Estado. No máximo eram tratados como grupos de cultura tradicional, como folclore; a prefeitura pagava um ônibus, dava um lanche.

Ou mesmo um grupo cultural numa favela: davam algum apoio, chamavam para alguma apresentação, mas não havia, até então, nenhuma política pública estruturada para fomentar esse protagonismo da sociedade e de autonomia.  Quando falo da gestão compartilhada, é entre Estado e sociedade; e o PC seria um elo de ligação e de comunicação nesse universo. Se você pegar a teoria do Habermas, da ação comunicativa, ela tem proximidade com esse pensamento.

O processo de implantação dos pontos foi precedido por algum mapeamento?

Foi muito rápido. Em 40 dias já estávamos com o programa pronto, decreto instituindo e edital público na rua. Com o edital, a gente inverteu a situação. Normalmente, o Estado define previamente no seu planejamento o que deve ser feito – ele cria uma roupagem e tenta adequar o que deve ser feito, e isso em todo lugar do mundo. O que fizemos foi o contrário; definimos alguns parâmetros, um deles o valor que é passado para o PC, que era, mais ou menos, R$ 5 mil por mês (hoje seriam R$ 180 mil em três anos). E o grupo é que devia dizer qual a solução para o problema, se ele quer trabalhar com violinos ou com o resgate de algum idioma indígena. Eu tinha a confiança de que daria certo.

Tivemos um bom retorno no início, cerca de 850 projetos em 2004 – era para selecionarmos apenas 100, mas como eram muito bons, chegamos a 260, e terminamos aquele ano com 72 conveniados. Em função dessa construção e desse retorno, o programa foi ganhando mais força e, em paralelo, aquela idéia da BAC foi perdendo força. Ficou acordado que esse era o caminho, e o Congresso, depois da aprovação do presidente Lula, fez uma emenda parlamentar de R$ 55 milhões para o programa para 2005; quando comecei, tinha apenas R$ 5 milhões.

Como os Pontos de Cultura devem ser conduzidos pela nova gestão do MinC, com relação ao orçamento?

Tudo isso é muito novo e muito intenso, então a própria construção do mecanismo de transferência de recursos se deu dentro de um marco legal, que é a Lei de Licitações, que não é adequado à realidade dessas comunidades, dessa realidade viva. Essa implantação demonstra, hoje, seis anos depois, que é necessário um novo marco regulatório, pelo menos para estabelecer essa relação do Estado com a sociedade, respeitando a autonomia das comunidades e o seu protagonismo

Nós começamos o processo de forma direta, o MinC e entidades da sociedade. O programa cresceu de tal forma, que não se tem como administrar o projeto em algumas terras indígenas distantes diretamente. Começamos, a partir de 2007, a estabelecer redes com Estados e municípios. A rede fez com que o processo seletivo fosse para essas unidades da federação, descentralizando e incorporando novos recursos. Se é R$ 60 mil por ano, R$ 40 mil é o governo federal que coloca, R$ 20 mil é dado pelo Estado.

Em 2004, teve uma reunião do conselho de secretários estaduais de Cultura, com o ministro Gil, para protestar contra o programa, pois diziam que ele estava atravessando grupos que os secretários de alguns Estados consideravam que nem eram culturais, como uma comunidade quilombola. Queixava-se de alguns grupos serem contemplados, sem passar por eles.

São Paulo foi um desses Estados que reclamaram?

São Paulo tem tido uma atitude exemplar. O MinC não depositou a parte dele para o programa, a segunda parcela. O governo do Estado honrou e depositou a parte dele, que era de R$ 6 milhões, pagou 100 PCs. É uma política pública que ganhou uma hegemonia.

E agora com o corte orçamentário de 55% no ministério?

No ano passado, o orçamento foi de R$ 200 milhões, mas acho que não se realizou isso. O corte anunciado é grave, porque é de 55%, coloca o orçamento abaixo de R$ 100 milhões. Hoje são 3 mil Pontos de Cultura. São R$ 60 mil por ano para cada um; o custo para o MinC é de 2/3 disto – ou seja, R$ 40 mil/ano. Multiplicando, dá R$ 120 milhões.

De cara, 500 PCs, com certeza não vão ter seu recurso empenhado. Só que o programa Cultura Viva não é apenas PC, tem Pontão, tem prêmios para as ações Cultura e Saúde, Escola Viva, interações estéticas. O conjunto de prêmios no ano passado somou R$ 32 milhões – já se sabe, então, que este ano não haverá nenhuma ação. Ou se reverte esse corte orçamentário, ou se terá um calote previamente anunciado.

Outra proposta da nova gestão é com relação à profissionalização dos PCs. Seria uma tentativa de retomar a centralização?

Não se trata apenas de um problema de orçamento, mas de conceito, de filosofia. Volta-se às propostas das BACs, agora com o nome de Praça do PAC, que é, novamente, um pré-moldado, mas com muito mais recurso. Já se definiu qual a prioridade. Essa visão da qualificação, o que nós praticamos é qualificação, é desenvolvimento. Qual a base filosófica do Ponto de Cultura? Tem muito Spinoza, [Lev] Vygotsky, fenomenologia, Hegel. A construção do conhecimento e o processo de desenvolvimento a partir da aproximação entre as partes, ou entre os pontos. Vygotsky, por exemplo, percebeu, nos anos 1920, que o conhecimento das crianças dava saltos exatamente no momento em que uma criança se integrava com a outra. Essa foi minha referencia primeira, depois que cheguei a Spinoza, que pensava o fortalecimento da potência. É a capacidade humana que cada um de nós tem de agir e transformar a sua realidade.

Só que a história das civilizações é o oposto disso, é a depressão da potência das pessoas e a concentração de riquezas de conhecimento. Essa visão do qualificar, trata-se de qualificar quem? Qualificar do Estado para baixo, como se eu soubesse mais que os outros? Falo do Brasil de baixo para cima, que é um processo de desenvolvimento que acontece nessa visão do Estado-Rede.

Há, então, essa dificuldade de implantação de conceito no próprio ministério.

Logo que iniciei o programa, todas as pessoas que trabalhavam com o governo, até no Ministério do Planejamento, falavam que eu estava fazendo uma loucura, porque eu busquei fazer o convênio direto, um a um. Ia assinar convênio diretamente com caciques de aldeias indígenas. Na verdade o Ponto de Cultura é uma injeção direta na veia. Diziam para que eu deixasse ONGs e OSCIPs fazerem esse trabalho por mim. Mas e o protagonismo das comunidades? O objetivo era justamente fortalecer o protagonismo da sociedade. Fizemos uma inversão.

Uma pesquisa do IPEA demonstrou isso – cada PC atende, de uma forma ampla, levando em conta até quem foi assistir um filme no ano, 3.300 pessoas. Isso dá um público de 8,5 milhões de pessoas em torno dos PCs, dos quais 750 mil em atividade regular. Qual o custo disso? R$ 5 mil por mês, se você olhar, mal é o custo de um salário. Se você volta ao velho esquema da estrutura do “de cima para baixo”, mostra que, na verdade, quem quer qualificar é que deve ser qualificado. De um lado o Estado vai se ampliando e se abrindo, aprendendo a conversar com o menino do Hip Hop, e, de outro lado, o menino do Hip Hop vai se apoderando do Estado.

De que maneira a reforma da Lei do Direito Autoral interfere no andamento dos Pontos de Cultura?

Cada PC é de um jeito, mas o único elemento que é comum a todos eles é o Estúdio Multimídia, que é o equipamento utilizado para a construção do auto-retrato. Isto é, o povo pelo povo, o índio pelo índio, por meio da construção de narrativas. E se é gestão em rede, é preciso que cada um se disponha a trocar, numa interação identidade/auteridade. Normalmente, as propostas culturais, mesmo as mais de esquerda, se focam muito na identidade; o que buscamos no Cultura Viva é essa equação com a auteridade.

Esse é um dos problemas da comunicação, também. Você deixar, por exemplo, que a narrativa sobre o índio seja construída pelo próprio índio, e não pelo repórter.

É isso que queremos fazer. E hoje posso dizer que há uma rede de milhares de comunidades se apresentando por elas mesmas. É claro que são de redes diferentes, tem a questão de linguagem, mas o processo tem se dado. Um exemplo é o Índios Online.

Veja que essa composição da Cultura Digital é vital para a construção do Cultura Viva e ela parte de alguns princípios. Aquela discussão de tirar o símbolo dos Creative Commons (CC) pela marca. Na verdade, não é apenas uma marca [o CC], tem princípios: generosidade intelectual e trabalho colaborativo em rede. O que está por trás são formas de ver o mundo. Hoje a decisão não é do autor, é das editoras, ou seja, da intermediação. A lei não protege o autor, mas fundamentalmente protege a intermediação – que é uma forma de indústria que se acabou, não existe mais, pois ela tinha controle pelo físico, e o físico acabou. Uma obra de arte só é arte se ela é comunicada, se estabelece relação com alguém. Se ela fica trancafiada, ela deixou de se realizar.

SOBRE IMPORTANCIA E ABRANGENCIA DO PROJETO “PONTOS DE CULTURA”

Prezados,

Sou Pedro, e tenho coordenado as ações de um dos Pontos de Cultura na periferia de São Paulo – Zona Leste.
Na verdade os Pontos de Cultura são pauta da grande imprensa, mas também não podemos dizer que o trabalho vem fluindo, tal como a água da cachoeira que busca o encontro do mar.
Atualmente são 2.500 Pontos, mas percebe-se que são muito mais pontos espalhados Brasil afora, se contabilizarmos os grupos, associações, e tantas outras manifestações culturais, que não foram contempladas nos editais públicos lançados pelo Minc e Secretaria de Cidadania Cultural, veremos que hoje somos um grupo muito maior.
Mas também não estou aqui para falar somente de números, mas também do encantamento desses atores, protagonistas de suas próprias histórias, convivendo hoje, graças ao Programa Cultura Viva, dignamente, remoçando e revivendo suas esperanças, pelo fato de terem sido (re) conhecidos, ou (des) escondidos conforme palavras do Célio Turino.
Na verdade vejo que estamos tirando um Brasil da gaveta, conforme diz Rolando Boldrin. Agora leio também sobre os Pontos de Cultura ganhando não só espaços, mas asas, e voando País afora, sendo reconhecido na Europa e outros cantos.
A experiência brasileira dos Pontos de Cultura cresce em escala dentro do Brasil, com cerca de 2.500 unidades implantadas em todo país, ao mesmo tempo em que chama a atenção de governos e sociedade civil em países da Europa e da Ibero - América.
A nova política pública vem sendo objeto de teses acadêmicas e de modelo para ações governamentais semelhantes, em outros países.
Os Pontos de Cultura nasceram com o propósito de fortalecer as iniciativas culturais da sociedade brasileira dentro de um novo conceito de gestão.
“No geral as políticas públicas têm por método a idéia da carência e da vulnerabilidade. Os Pontos de Cultura são o oposto disto, partem da potência das manifestações culturais das comunidades.
Eles trabalham na perspectiva da emancipação, para além da idéia da inclusão social”, explicou o secretário de Cidadania Cultural do MinC, Célio Turino, um dos mentores do Programa e responsável por sua implantação.
A idéia que serviu de apoio na construção da política dos Pontos de Cultura, segundo ele, baseou-se no discurso de posse do ex-ministro Gilberto Gil, quando ele referiu-se à necessidade do apoio do governo à Cultura ser uma espécie de “Do-In antropológico”, massageando ‘ponto por ponto’ do imenso corpo cultural do país. “Focamos no fluxo, no movimento contínuo e vivo das manifestações populares”, complementou Turino.
Dados apurados em uma recente pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) sobre a extensão da ação dos Pontos de Cultura no Brasil, indicam a abrangência sobre uma população de cerca de oito milhões de pessoas, numa média de três mil pessoas/ano interagindo com o Programa do MinC.
Este público está distribuído entre os que participam diretamente das atividades desenvolvidas nos projetos culturais e entre integrantes da comunidade que assistem às apresentações artísticas ou participam esporadicamente de cursos e oficinas.
Para o secretário Célio Turino, os Pontos de Cultura inovam não só pelo conceito de política pública, mas também pelo método de atuação, no qual o repasse dos recursos é direcionado à ponta do projeto, evitando que o dinheiro se perca nos meandros da administração pública.
Inovador, também, pelo grande alcance que tem junto à comunidade, mesmo sendo um projeto de baixo valor unitário, cerca de R$ 60 mil ano.

Internacionalização

Junto com a idéia da implantação das unidades brasileiras do Programa Cultura Viva surgiu a concepção dos Pontos de Cultura para atender à comunidade brasileira no exterior. Experiências piloto chegaram a ser criadas nos Estados Unidos da América e na França, mas as restrições na legislação brasileira para a remessa de dinheiro ao exterior praticamente inviabilizou estes projetos.
O interesse pelo Programa fora do Brasil veio de onde menos se esperava: de governos, políticos, acadêmicos e entidades civis ligadas a projetos culturais. Na Universidade de Berkeley, na Califórnia (EUA), existe uma cátedra sobre Cultura e Literatura luso-brasileira, coordenada pela professora Candace Slater, aonde a experiência brasileira com os Pontos de Cultura vem sendo estudada.
“Os alunos vêm ao Brasil participar de alguma atividade dentro dos Pontos de Cultura e depois fazem um projeto falando da experiência e vendo como as teorias, que são muito bonitas no papel, são executadas na realidade”, comentou Candace, que esteve no Brasil para participar do Seminário Internacional do Programa Cultura Viva, realizado na cidade goiana de Pirenópolis, em novembro de 2009.
A primeira experiência dos universitários de Berkeley com os Pontos de Cultura foi no estado do Ceará, com uma unidade que se articulava com o Museu de Paleontologia. Houve, também, trabalhos sobre cultura oral das comunidades, sobre grupos de dança nos Pontos de Cultura e estudos específicos sobre a atuação dos Pontos, além da participação de alguns estudantes norte-americanos em oficinas de inglês para membros da comunidade.
Segundo a professora Candace, a atenção para o Programa, dentro da disciplina de Estudos Brasileiros na Universidade de Berkeley, foi despertada após uma visita do ex-ministro Gilberto Gil à instituição e, principalmente, após uma viagem que fez ao Brasil, a convite do MinC, em 2005, quando passou a informar aos alunos sobre os projetos desenvolvidos nestes centros culturais.
Inglaterra
O professor catedrático da Universidade de Londres e diretor artístico da ONG People Palace Projects, Paul Heritage, há cerca de 20 anos mantém um estreito convívio com a Cultura brasileira. Ele conhece a experiência dos Pontos de Cultura desde o princípio e se encanta com os resultados obtidos.
“O que acho interessante no Programa Cultura Viva é que vocês conseguem, com dinheiro público, apoiar energias populares que vêm de dentro para fora. É um modelo absolutamente contrário ao clássico das artes na Europa, principalmente no Reino Unido. Os ingleses precisam aprender com os Pontos de Cultura”, comentou. Paul também esteve no Brasil para participar do seminário em Pirenópolis. Confira o áudio.
Um dos aspectos que ele considera fundamental nessa política pública é a capacidade de gerar fluxo, de articular vários projetos socioculturais dentro do país. Pretende levar o modelo para a Inglaterra, por meio de uma parceria com a Secretaria de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura (SCC/MinC). O novo projeto será denominado de Pontos de Contato e deverá ser implantado a partir deste ano. Vai operar com intercâmbios culturais entre o Programa brasileiro e projetos sociais no Reino Unido.
Itália
A Itália foi o primeiro país, fora do Brasil, a adotar o modelo dos Pontos de Cultura. Em uma iniciativa da Câmara de Deputados e da administração da região do Lazio, onde está situada a cidade de Roma, foi criado o projeto Officine dell’Arte, inspirado no exemplo brasileiro.
O projeto opera com oficinas de arte e cultura multimídia destinadas ao público jovem, em áreas urbanas deterioradas, como forma de desenvolvimento social e territorial. Por meio de uma parceria com a Universidade Romana La Sapienza, pesquisadores vieram ao Brasil conhecer a experiência dos Pontos de Cultura para levar à Itália.
Em julho de 2006, o então ministro da Cultura, Gilberto Gil, a convite do governo da província de Lazio, participou de conferência sobre o Programa brasileiro e do lançamento do projeto italiano, durante uma cerimônia realizada no Palazzo Montecitorio, na capital do país. Saiba mais: Pontos de Cultura e Oficinas de Arte e I Pontos de Cultura brasiliani incontrano Le Officine dell’Arte.

Áustria

No início deste ano foi assinado o Acordo de Cooperação Técnica celebrado entre o Ministério da Cultura e a Associação Afro-Brasileira de Dança, Cultura e Arte (Abrasa) com vistas a implementar o Ponto de Cultura Internacional Brasileiro e Afro-Brasileiro na Áustria.
O projeto foi aprovado de forma inédita, desde a criação do Programa, pois o Ponto de Cultura não receberá qualquer incentivo financeiro do MinC, mas sim a chancela, tendo os custos da criação e manutenção realizadas pelos parceiros locais. Leia mais.

Ibera - América

Nos países ibero-americanos também cresce o interesse pelos Pontos de Cultura. Em uma reunião de ministros da Ibero - América e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e do Caribe, realizada em setembro de 2009, no Brasil, representantes de 15 nações assinaram a Declaração de São Paulo, na qual consta a decisão de submeterem à próxima reunião de Cúpula dos Chefes de Estado da Ibero - América uma proposta de criação do Programa Ibercultura – nos moldes dos Pontos de Cultura -, para ser implantada nos 23 países da região.
Segundo o diretor de Relações Internacionais do MinC, Marcelo Dantas, a proposta partiu dos representantes do Brasil e da Secretária-Geral Ibero-americana (Segib) no encontro, mas ainda precisa ser sistematizada e enviada à aprovação dos Ministros de Cultura para, só então, ser encaminhada à reunião de Cúpula.

Parlasul

Outra vertente de interesse pela ação dos Pontos de Cultura está focada no Parlamento do MERCOSUL (Parlasul), entidade que reúne representações de políticos do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, com sede em Montevidéu.
Um projeto de norma da senadora Marisa Serrano (PSDB/MS), propondo a disseminação do projeto dos Pontos de Cultura por todos os países do bloco econômico, foi aprovado na última reunião do Parlasul, realizada no dia 30 de novembro de 2009. A proposta será encaminhada à próxima reunião do Conselho do Mercado Comum, órgão máximo da integração regional, em junho de 2010.
A iniciativa é um primeiro passo para a elaboração de uma legislação regional, que defina políticas articuladas entre os quatro países do bloco, com possibilidade de ampliação para todos os países associados.

Ceilândia

O Ponto de Cultura Atitude, na cidade de Ceilândia (DF), é um exemplo das ações socioculturais apoiadas pelo Programa Cultura Viva. O grupo artístico Atitude surgiu há cerca de dez anos, voltado para a expressão cultural do Hip Hop, e foi classificado no primeiro edital do MinC para a implantação de Pontos de Cultura.
Atualmente trabalha com um público estimado entre 300 a 400 pessoas, na sua grande maioria jovens e adolescentes, mas também desenvolvem trabalhos com mulheres e crianças. Os adultos são inseridos nas atividades musicais, no uso do espaço digital, no empréstimo de livros, no estúdio da rádio do Ponto de Cultura, além de participarem das diversas oficinas culturais oferecidas.
Confira o making of da gravação da música Babilônia Envenenada.
As crianças da comunidade participam de rodas de leituras organizadas por integrantes do grupo, com o material disponível na biblioteca da casa.
Durante o seminário internacional do Cultura Viva, o Atitude foi apresentado aos participantes do evento como modelo das ações do Programa.
A jovem Judite de Cássia Santos, que trabalha com o grupo, disse que sua participação nestas atividades possibilitou a realização de uma antiga aspiração, que era a de contribuir para melhorar a qualidade de vida da sua comunidade. “Mudou muita coisa na minha vida, a cada dia a gente aprende mais, com as pessoas assistidas, com as palestras, fóruns e oficinas que participamos. Esta experiência me enriqueceu bastante como pessoa”, comentou.
Mais do que propiciar acesso à Cultura às populações impossibilitadas do consumo dos bens e serviços culturais, quer por situações de pobreza ou por habitarem áreas remotas do país, os Pontos de Cultura são uma grande lição de cidadania aos seus integrantes.
Mais dados e informações, seguir os links do Gunter.

Abraços
Antonio Carlos Pedro

sexta-feira, 1 de abril de 2011

OFICINA LITERÁRIA NO PONTO DE CULTURA BARCA DOS LIVROS


Através do Ponto de Cultura Barca dos Livros – Porto de Leituras - A Sociedade Amantes da Leitura objetiva a criação de uma rede de atividades que envolvam práticas diferenciadas de leitura, promovendo a ampliação das oportunidades de encontro entre o texto literário e o leitor, visando à formação cultural e a inclusão social dos moradores da Lagoa da Conceição e entorno (cerca de 40.000 crianças, jovens e adultos).
Para cumprir com o objetivo do projeto, pretende-se envolver a comunidade (crianças, jovens e adultos).
Propiciando o acesso gratuito ao mundo digital, utilizando os equipamentos adquiridos através do Projeto para a capacitação e a produção de materiais literários.
Também oferecer cursos de formação e capacitação gratuitos (leitura em voz alta, declamação de poemas, oficina de produção de textos escritos, oficina de produção de revista eletrônica, oficina de produção de programas de rádio).
As ações do Porto de Leituras têm como pontos convergentes o livro, a literatura, o software livre, o rádio, a internet e os demais instrumentos multimidiáticos; servirão para ampliar as possibilidades de aproximação e estímulo à leitura e à produção literárias, para o protagonismo das crianças e jovens no processo de criação e para sua autonomia como cidadãos conscientes e sujeitos de sua própria história.
Em breve mais informações sobre o que já aconteceu e sobre o que ainda está para acontecer,
aguarde!



Barca dos Livros (Barco de livros) é uma biblioteca baseada na comunidade da Lagoa da Conceição em Florianópolis, Brasil. É mantido pela Sociedade Amantes da Leitura (Os Amantes da Leitura Society), uma organização sem fins lucrativos que defende a importância da leitura para o desenvolvimento individual e comunitário.


Esperamos promover a leitura nas comunidades da Lagoa da Conceição, ao manter uma biblioteca de alta qualidade que facilita o acesso gratuito a livros e programas mensais destinadas a estimular a leitura atividade.